OLHO- DE-CABRA
FAMÍLIA: Leguminosae
NOME CIENTÍFICO: Abrus precatorius L.
SINONÍMIA
Abrus abrus L.Wright, Abrus cyaneus R.Vig., Abrus maculatus, Noroña, Abrus minor Desv., Abrus pauciflorus Desv., Abrus squamulosus E. Mey., Abrus tunguensis Lima, Glycine abrus L.
NOME POPULAR
Olho de Pombo/a, Ervilha do rosário, Jequiriti / Jiquiriti (Tupi), Ghungchi, Rati (Hindi), Gujna (Sânscrito), Fruta-de-conta, Olho-de-cabra, Olho-de-calera, Tento pequeno, Tento-dos–mudos,
Gunja (em Sânscrito); Crab’s eye win, Prayer Beads, John Crow Bead, Precatory bean, Indian Liquorice, Wild liquorice, Haricot Paternoster, Jequirity (Inglês); Liene a reglisse, Reglisse d amerique (Francês); Cascavelle, Liane réglisse, Réglisse marron, Soldat, Grain d'église, Jéquirity, Graine diable, Herbe de diable (Espanhol).
PARTES TÓXICAS: látex
PRINCÍPIO ATIVO: toxialbuminas
Todas as suas partes são muito tóxicas. A semente é muito perigosa, mas não
causa dano se for engolida sem quebrar e sua casca é muito dura.
É encontrada em sua semente uma grande variedade de proteínas venenosas.
Abrina (uma toxoalbumina termolábil) é a mais importante delas, se
assemelha com o veneno da cobra Víbora (Viper) em suas propriedades
fisiológicas e toxicológicas.
A abrina impede a síntese protéica inativando a subunidade 26 S do
ribossomo. Uma molécula é capaz de inativar 1500 ribossomos por segundo.
Ela é um imuno-modulador capaz de provocar uma desmielinização mediada
pela imunidade. Muitos traços observados no envenenamento por esta planta se
deve a abrina devido ao dano as células endoteliais que leva a um aumento da
permeabilidade capilar e extravasamento dos fluidos, das proteínas causando
um edema dos tecidos (vascular leak syndrome).
SINTOMATOLOGIA
1.Ingestão das sementes:
Dor abdominal, náusea, vômito, diarréia, fraqueza, olhos fundos, transpiração fria, tremor nas mãos, dispnéia, pulso fraco, irregular, vertigem, desmaio, sangramento retal, oligúria e uremia.
2.Injeção subcutânea:
Inchaço doloroso e equimose no local da injeção, inflamação e necrose; septicemia generalizada e hemorróidas. Convulsões e morte devido a paralisia do coração dentro de cinco dias.
3.Injeção em animais
Provoca inflamação, edema, gotejamento (oozing) de fluido sanguinolento na picada e necrose em volta da injeção. Reluta comer e três a quatro dias depois perde as forças, incapacidade (drops down) para se movimentar. Friorento, sonolento, comatoso, convulsões tetânicas, morre dentro de 24 a 48 h.
4.Autópsias
Feitas em seres humanos mostraram manchas equimóticas sob a pele, na pleura, no pericárdio e no peritônio. A membrana mucosa do estômago e intestino fica bastante congestionada com inúmeras manchas hemorrágicas em sua superfície e no interior dos órgãos, pulmões, fígado e baço.
5.Mente
Alucinações. Anorexia. Desconforto (malaise) / mal estar / indisposição. Desorientação. Torpor (stupor). Coma.
TRATAMENTO
É preciso levar a vítima o mais rápido possíivel para o hospital. O salvamento inclui lavagem gástrica e remédios anticoagulantes
DESCRIÇÃO BOTÂNICA
O jequiriti é uma trepadeira não-cultivada, portanto, as pessoas não têm contato freqüente
com a planta. Ocorre que suas sementes são muito vistosas, apresentado-se vermelhas
com uma mancha negra. Por isso, são muitas vezes usadas para fazer colares, terços
(daí o nome precatorius, que significa "o que ora") e outros objetos de adorno. Às vezes,
crianças ingerem as "contas" do colar ou do terço, o que pode ser muito perigoso. Já
houve casos em que a ingestão de uma única semente foi suficiente para matar uma
criança. A semente do jequiriti situa-se entre os mais potentes venenos conhecidos,
orgânicos ou inorgânicos.
Fonte
www.cesaho.com.br/biblioteca_virtual/arquivos/arquivo_87_cesaho.pdf
http://felix.ib.usp.br/bib141/Textos_Aulas/T6_PT.PDF
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